12 de maio de 2007

São Paulo 2 x 0 Goiás

Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

- Jogo de portões fechados: O clube e milhares de torcedores pagaram pelo ato irracional e injustificável de um torcedor na partida realizada em 2006 contra o Paraná Clube, no estado do Paraná.

- Time do Muricy ou time do Juvenal? Para o torcedor do Tricolor, pouco importa. O importante é vencer e, se possível, jogar bem.

- Por que Hernanes saiu da condição de componente do grupo para titular nesta partida, ultrapassando até o volante que era relacionado para o banco como reserva imediato? Independente da resposta, este blog agradece a audiência.



Ficha Técnica: São Paulo 2 x 0 Goiás

Local: Estádio do Morumbi (SP)
Data: 12 de maio de 2007, sábado
Horário: 18H10 (de Brasília)
Árbitro : Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Aristeu Leonardo Tavares (Fifa-RJ) e Dibert Pedrosa Moisés (RJ)
Cartões amarelos: Hernanes, Dagoberto, Jorge Wagner (São Paulo), André Leone, Paulo Baier, Leonardo (Goiás)

GOLS:
SÃO PAULO: Jorge Wagner, aos 16, Rogério Ceni (pênalti), aos 35 minutos do primeiro tempo

SÃO PAULO: Rogério Ceni; André Dias, Miranda e Alex Silva; Ilsinho, Josué, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto (Souza) e Borges (Aloísio)
Técnico: Muricy Ramalho

GOIÁS: Harlei; Cléber, Leonardo e André Leone; Paulo Baier (Felipe), Cléber Gaúcho, Romerito, Petkovic e Diego (Danilo Portugal); Fabrício Carvalho (Wendell) e Fabiano Oliveira
Técnico: Wanderley Filho (interino)

11 de maio de 2007

Esclarecimento

Em virtude das indagações dos leitores deste blog, venho por meio deste esclarecer que eu não sou parente do Sr. Juvenal Juvêncio ou de qualquer outro Diretor ou membro da comissão técnica do São Paulo Futebol Clube.

Entretanto, fico envaidecido pelas dúvidas(e tentativas de ofensas?!?) e por constatar que o próprio Juvenal Juvêncio, em entrevistas concedidas no CCT nesta Sexta-feira, endossou o meu raciocínio para o momento que o São Paulo atravessa.

Marco Antonio está fora

O meia Marco Antonio também teve o seu vínculo encerrado. Após jogar em vários clubes por empréstimo e ter pouquíssimas chances de atuar pelo São Paulo durante o período em que esteve sob contrato, a comissão técnica e a Diretoria optaram por liberar o jogador de maneira definitiva.

Júnior diz adeus

Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

O lateral esquerdo Júnior e Diretoria do Tricolor anunciaram hoje que o seu ciclo no Morumbi está encerrado. Em virtude de divergências nas negociações de extensão do contrato atual e na incerteza de retomada da posição de titular no time, as duas partes decidiram por terminar o vínculo do jogador com o clube. O contrato vigente se encerraria em Agosto, porém desde já o jogador está livre para negociar com qualquer outro clube.

O jogador que havia estreado pelo São Paulo no empate em 0x0 contra a MSI em 19/09/2004 e fez a sua última partida contra a equipe do Audax Italiano no dia 25/04/2007, com outro empate em 2x2, deixa uma marca amplamente vitoriosa no São Paulo Futebol Clube. Em pouco menos de três anos, conquistou um Campeonato Paulista (2005), um Campeonato Brasileiro (2006), uma Libertadores (2005) e um Mundial Interclubes (2005).

Pela competência dentro de campo, bem como pelo seu caráter, profissionalismo e espírito de grupo, a nação Tricolor o agradece e deseja boa sorte na continuidade da sua carreira.

Balanço preliminar

As recentes eliminações no Campeonato Paulista e na Taça Libertadores foram um grande banho de água fria em toda a nação Tricolor. A expectativa para esta temporada era muito grande e muito pouco saiu como planejado.

Toda derrota ensina uma lição. Somente os tolos ignoram as evidências de falhas e não conseguem atingir um patamar superior a partir dos dissabores que a vida apresenta. Se houve uma clara evolução no time e na mentalidade da Diretoria Tricolor a partir de 2003, este é o momento de refletir sobre como dar outro salto acima a partir do que possuímos e somos hoje.

Me atrevo a fazer um pequeno exercício sobre onde erramos e onde ainda podemos melhorar. Vamos a ele:

- Comissão técnica
Não há um consenso entre torcedores e conselheiros quanto à manutenção de Muricy Ramalho como técnico da equipe. Na verdade, a maioria acredita que ele deve ser substituído.

Eu acredito no contrário. Além de ser competente, não existem alternativas interessantes no mercado. Alguns nomes ventilados, tal como Abel Braga, Leão, Paulo Autuori, Renato Gaúcho e Cuca, me soam como piadas de mal gosto. É difícil acreditar que São-paulinos de verdade possam clamar por um desses nomes como provável solução. Há que se analisar os resultados e métodos de cada um e até lembrar o que alguns fizeram ou deixaram de fazer no próprio São Paulo.

O problema de Muricy é que ele, como todos nós, não é infalível. Ele cometeu alguns erros, mostrou algumas teimosias, indicou contratações que se mostraram equivocadas e efetivamente não conseguiu montar uma equipe tão boa quanto se esperava.

Torço para que ele abandone alguns paradigmas em relação ao Hugo, Jadílson, Ilsinho, Souza, Hernanes, André Dias, Leandro, Aloísio, Jorge Wagner e outros. Que ele tenha mais perspicácia para enxergar quais jogadores rendem mais do que os outros, e que monte o melhor time possível a partir disso, e não a partir de convicções pré-estabelecidas.

Esqueçam o tal do "padrão de jogo" que os jornalistas "especializados" volta e meia utilizam para enaltecer ou criticar um técnico de futebol. Time bom é aquele que marca gols e não sofre gols independente de jogar em 4-4-2, 3-5-2, 4-6-1, com time titular, reserva ou isso ou aquilo. Por mais idiota e óbvio que isso pareça, é o objetivo primordial de um time que se propõe a ser vencedor. Então vamos trabalhar para montar um time eficiente. Tal qual possuíamos até outro dia.

- Jogadores
Quem acompanha este blog já percebeu há muito tempo que eu não deixo de creditar os devidos elogios e críticas aos jogadores, nas vitórias e nas derrotas.

Muitos jogadores não têm jogado bem. Poucos podem ser citados como livres de crítica. Estes são: Hernanes e Josué. Todos os outros deixaram a desejar em maior ou menor grau. Os piores, sem nenhuma dúvida foram: Hugo, Souza, Jadílson e Ilsinho. Justamente os que mais jogaram e os mais importantes para a criação de jogadas de ataque. Os resultados obtidos pelo time até aqui dispensam maiores explicações.

Vou me abster, entretanto, de comentários sobre motivação e acomodação. Não consigo assimilar qualquer pensamento com relação a estes fatores em se tratando de futebol profissional e São Paulo Futebol Clube.

- Diretoria
O atual presidente Juvenal Juvêncio foi o principal responsável pela montagem dos times que ganharam os últimos títulos para o São Paulo. Sua perspicácia deve ser exercitada outra vez para trazer bons reforços e também a fim de vender alguns jogadores para outros clubes.

No mais, a Diretoria não é merecedora de muitas críticas pois ofereceu os melhores recursos para a comissão técnica e para os jogadores. E fora das quatro linhas vêm dando um verdadeiro banho na concorrência, em especial através do departamento de marketing.

- Torcida
A torcida São-paulina está decepcionando bastante nesta temporada. Além da baixa presença no estádio em todas as competições disputadas até aqui, a venda de produtos oficiais caiu bastante em relação ao mesmo período do ano passado e até o programa de Sócio-Torcedor não está atraindo muitos novos associados.

Que essa aparente acomodação seja apenas passageira.


A temporada ainda não acabou. Ainda temos a chance de corrigir os erros cometidos até aqui. E para tanto, precisamos nos unir e trabalhar com paixão, competência e muita dedicação.

10 de maio de 2007

Muita calma nessa hora

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

A Libertadores 2007 acabou de maneira bastante prematura para o São Paulo. Apesar disto, os erros cometidos devem ser analisados de maneira fria e precisa.

Em primeiro lugar, Muricy Ramalho não deve ser sacrificado. Não existem outros treinadores com a sua competência no mercado e a culpa das últimas derrotas não é exclusividade sua. Em quase um ano e meio à frente do Tricolor, ele cometeu muito mais acertos do que erros.

Entretanto, algumas de nossas contratações devem ser repensadas. Alguns jogadores não vêm rendendo o que se esperava deles. Precisamos decidir se continuamos a apostar neles ou se buscamos outras alternativas no mercado.

Mas não devemos esquecer que possuímos um time bastante competitivo e que podemos conquistar o bicampeonato brasileiro com este mesmo grupo de jogadores e comissão técnica. Ademais, o São Paulo FC só chegou ao patamar atual colocando a razão e o planejamento antes da emoção e do imediatismo.

Grêmio 2 x 0 São Paulo

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Infelizmente a vitória pelo placar mínimo no jogo de ida, no Morumbi, não foi suficiente para assegurar a nossa classificação para a fase seguinte da competição. Apresentando as mesmas deficiências mostradas desde o início deste ano, o Tricolor sucumbiu em Porto Alegre diante de um time medíocre.

Muricy Ramalho manteve o mesmo time titular da primeira partida na expectativa de que o meio de campo com Souza e Hugo pudesse criar as oportunidades de gol para Leandro e Aloísio. Em vez disso, e até de maneira coerente com o que vinha acontecendo, as oportunidades não apareceram e o continuava a depender dos chutões dos zagueiros em direção a Aloísio.

Mais uma vez, os chamados homens de criação Hugo e Souza e os alas Ilsinho e Jadílson foram absolutamente improdutivos. Nós fomos tão incompetentes nesta partida, que em uma hora e meia de jogo nós não demos um chute sequer ao gol. Vou repetir: não chutamos nenhuma bola em direção ao gol.

Como se as coisas já não estivessem suficientemente ruins para o nosso lado, a sorte abraçou o tricolor local. Num rebote da defesa, a bola sobrou livre para o tal de Tcheco, até então um freguesão do Tricolor, abrir o marcador antes dos vinte primeiros minutos de jogo.

Na volta do intervalo, Jadílson e Hugo deram lugares para Dagoberto e Jorge Wagner. Até aí as substituições foram precisas. Mesmo porque quaisquer outros jogadores poderiam fazer mais do que os dois que saíram de campo. O São Paulo se postou num 4-3-3 e partiu para cima do adversário.

Só que a intranquilidade dos nossos jogadores caiu como uma luva para um time cuja única qualidade é o poder de marcação. Até Dagoberto desapareceu em campo, sob a guarda de dois adversários. Pela direita, Ilsinho não buscava a linha de fundo e afunilava o jogo, enquanto que pela esquerda o dedicado Richarlyson não acertava nenhum cruzamento.

O tempo passava e nada dava certo. A posse de bola era quase que totalmente nossa. Mas de que vale isso se não sabemos o que fazer com ela?

Quando o jogo chegava aos trinta minutos do segundo tempo, fomos castigados mais uma vez. Em outro rebote defensivo, sofríamos o segundo gol. A casa caía em meio a festa dos torcedores locais.

A entrada de Marcel no lugar de Leandro era o "tudo ou nada" de Muricy, que a partir daquele momento gritava para o time alçar bolas na área. Nem isso nós soubemos fazer e assistimos o time da casa segurar o nosso desespero até o apito final.

Tão ruim quanto sermos eliminados nas oitavas de final, é saber que isso terá consequências nas finanças de 2007 e na manutenção de um ou outro bom jogador no nosso elenco. Mas quem sabe isso não abre oportunidade para corrigirmos algumas contratações claramente equivocadas?

A vida segue, mas por enquanto sem aquela paixão de que tanto gostamos.



Ficha Técnica: Grêmio 2 x 0 São Paulo

Local: Estádio Olímpico Monumental, em Porto Alegre (RS)
Data: 9 de maio de 2007, quarta-feira
Horário: 21h45, horário de Brasília
Árbitro: Carlos Chandia (Chile)
Assistentes: Jorge Osório e Manuel Rodriguez, ambos chilenos
Cartões Amarelos: Miranda, Souza, Aloísio (SPO); William, Tuta e Diego Souza (GRE)

Gols:
GRÊMIO: Tcheco aos 17 minutos do primeiro tempo e Diego Souza aos 30 minutos do segundo tempo

GRÊMIO: Saja; Patrício, Teco, William e Lúcio; Edmílson, Sandro Goiano (Amoroso), Tcheco (Gavilán) e Diego Souza; Carlos Eduardo (Schiavi) e Tuta
Técnico: Mano Menezes

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Miranda, Jadilson (Dagoberto); Richarlyson, Josué, Souza, Hugo (Jorge Wagner); Aloísio e Leandro (Marcel)
Técnico: Muricy Ramalho