29 de dezembro de 2006

Richarlyson sofre acidente

Ontem eu tive que adicionar o seu nome na restrospectiva de última hora e hoje pela manhã o cara dá uma porrada na Castelo. Nada mais sério do que uma lesão média no braço e um ou outro arranhão. O carro ficou bem amassado.

Que vacilada.

28 de dezembro de 2006

Já nas bancas



Já está disponível nas bancas, por apenas R$5,90, a edição #134 da revista do São Paulo. Destaque para as matérias com Rubens Minelli, Roberto Dias e, sempre ele, Souza.

O elenco em 2006

Rogério Ceni
O capitão São-Paulino teve um ano bastante agitado. Começou a temporada como o melhor jogador do Mundial e terminou como o craque do Campeonato Brasileiro, passando por algumas derrotas, Copa do Mundo, recordes e polêmicas no caminho. Foi o nome do ano no futebol brasileiro.

Bosco
O novo substituto para o gol se mostrou bastante capaz e bem adaptado ao São Paulo. Jogou várias partidas e conquistou a confiança de todos; incluindo aqueles que bem-humoradamente gritavam o seu nome para cobrar faltas nos jogos em que atuou.

Ilsinho
Antes do Titenic afundar, Ilsinho pulou no seu barquinho e aportou no Morumbi. No início foi muito mal e pareceu não passar de um jogador limitado, mas o técnico Muricy Ramalho conseguiu transformá-lo num jogador produtivo. Contrariando muitas expectativas, acabou o ano como uma das revelações do campeonato. Se fosse americano, sua história viraria filme.

Junior
Começou o ano muito bem, com expectativa de participar da Copa do Mundo. Mas a convocação não veio e depois disso alternou bons e maus momentos. Sua posição tem forte concorrência para o próximo ano.

Lucio
Veio para o São Paulo num acordo com o Palmeiras e não fez muito a não ser confirmar o que os palmeirenses diziam: é ruim. O problema é que nós também já sabíamos disso. Pelo menos veio com data marcada para sair.

Edcarlos
Apesar de ter feito um bom fim de temporada em 2005, Edcarlos perdeu a titularidade e não dá sinais de poder retomar a posição em breve.

Fabão
Fechou o seu ciclo da melhor maneira possível. Títulos e gols. Tal qual um verdadeiro campeão. Fabão chegou como um chutador de bico que gostava de ganhar um amarelo e sai como um zagueiro eficiente e letal nas jogadas de bola parada no ataque.

Alex
Começou o ano jogando muito mal e infelizmente teve uma séria contusão que comprometeu a temporada inteira. Um ano para ser esquecido.

Alex Silva
A aposta tricolor teve uma performance apenas razoável e não conseguiu se firmar na equipe titular. Mesmo assim deve brigar por uma posição na próxima temporada.

Miranda
Mais um tiro certeiro do São Paulo. Chegou no meio da temporada e cavou um lugar na equipe titular. E deve começar o ano desta maneira.

Lugano
O zagueiro uruguaio era mais do que um jogador. Era ídolo da torcida e era o terror dos adversários. Suas limitações técnicas eram compensadas pela malandragem e inteligência em campo, além da sua aplicação com a camisa tricolor. Foi uma perda compensada apenas parcialmente, mas sua saída foi tranqüila e não traumática.

André Dias
Deve formar a dupla titular no próximo ano após uma longa e cansativa batalha judicial que o impediu de jogar pelo São Paulo por vários meses. Foi um episódio muito desgastante e só não se tornou um foco de “crise” pela imprensa esportiva porque o time foi muito bem sem ele.

Josué
Além de “carregar o piano”, Josué é aquele que não aparece. Mas não se enganem, ele foi mais uma vez fundamental para o São Paulo. Mesmo cometendo um erro que nos enfraqueceu na Libertadores, a torcida não ousou culpá-lo pela derrota. Sua ficha de serviços prestados continua aumentando.

Mineiro
Às vezes eu olho para o Mineiro e entendo porque ele leva sua religião muito a sério. Ele pode estar certo. Indubitavelmente a sua vida lhe reservou muitos milagres. Um jogador que vivia à margem das estrelas do futebol e chegou a gravar o seu nome na história do maior clube do país. Mesmo que por vias tortas, foi convocado e participou de uma Copa do Mundo na sua única e derradeira chance. E ainda por cima sua chance veio no último instante. No Brasil, se tornou referência e quase unanimidade. No São Paulo, a mesma eficiência na sua função e gols decisivos. Será possível que tudo isso seja coincidência? Outro script de cinema.

Ramalho
Na sua segunda passagem pelo clube, apresentou boa condição e executou suas funções corretamente. Tem a confiança do técnico e um pouco de implicância dos torcedores, mas pode ser útil no próximo ano também.

Denílson
O volante formado nas categorias de base foi vendido para o Arsenal. Este negócio ocorreu porque o jovem jogador fazia parte das seleções de base e era elegível para um visto de trabalho na Inglaterra. Sua técnica também atendia os requisitos do futebol local. Jogador limitado que gosta de fazer uma falta. Bom negócio todos os envolvidos.

Richarlyson
Outro jogador que jogou em várias posições e conquistou a confiança do treinador. No seu primeiro ano completo no São Paulo, cometeu erros e acertos. Evoluiu bastante desde quando chegou, mas ainda falta um pouco para chegar ao nível que todos desejam.

Danilo
Ora criticado, ora louvado, mas sempre tranqüilo e focado no trabalho, este jogador também fechou o seu ciclo de maneira bastante positiva. Mesmo não sendo uma unanimidade entre os torcedores, Danilo foi fundamental para o time e ainda marcou gols importantes durante todo o tempo que jogou no Morumbi. Só foi uma pena que o segundo semestre não tenha sido tão cheio de gols marcados como no primeiro.

Souza
Só lhe faltou a seleção e os canecos que acabaram não vindo, mas quanto ao resto ele não tem do quê reclamar. Começou a conquistar sua vaga no time titular como alternativa para a lateral e no fim da temporada era o titular do meio de campo. Foi importantíssimo para o alto índice de aproveitamento das jogadas de bola parada do time e ganhou até prêmio da CBF como melhor lateral da competição. Ah, se Hollywood ficasse aqui...

Rodrigo Fabri
Ninguém sabe, ninguém viu, até porquê quando teve chance de jogar acabou expulso e só reforçou a impressão de que não foi uma boa contratação.

Lenílson
Chega ao fim de 2006 muito melhor do que ele poderia imaginar no ano passado. Veio para o São Paulo depois de um ótimo campeonato pelo Noroeste e fez sombra para os titulares. Acabou jogando bastante e ajudou o time, mas ainda não agarrou as suas chances de maneira definitiva. A sua expectativa é substituir Danilo no time titular de 2007.

Lima
Outra contratação errada. Pelo menos o jogador foi negociado rapidamente após ser rejeitado pela torcida por perder algumas chances de gol no jogo contra o Noroeste do Lenílson. A sensação foi de estar no Coliseu, com a torcida clamando pela sua execução. Só faltaram os leões e os tigres para atender o grito das arquibancadas.

Aloísio
Mais um jogador iluminado que fecha o ano com o saldo bastante positivo. Apesar de atrapalhado por algumas lesões no decorrer da temporada, foi determinante para o sucesso Tricolor. Tem tudo para fazer uma temporada seguinte ainda melhor.

Alex Dias
Chegou como a grande esperança de gols e por um tempo até justificou a expectativa. Mas acabou como mais um jogador que caiu de produção durante a temporada. Ficou de fora do time titular e teve poucas oportunidades retomar sua vaga.

Thiago
A grande promessa que explodiu no primeiro semestre acabou o ano de maneira apenas regular. Sua posição foi tomada e mesmo participando de muitos jogos a partir da reserva, não foi tão eficiente como antes.

Ricardo Oliveira
Sair do Bétis para o São Paulo e terminar o ano no Milan é uma boa coisa. No período em que aqui esteve, foi bem e fez jus ao seu empréstimo depois de um período de recuperação no Reffis. Pena que não pôde participar da segunda e decisiva partida da Libertadores.

Leandro
Em janeiro, nenhum torcedor foi capaz de afirmar se a sua contratação havia sido boa ou ruim. Mas quando a bola começou a rolar ele mesmo tratou de mostrar que tinha vindo para ficar. Mesmo não marcando muitos gols, jogou muita bola. Seu estilo de jogo foi eficiente e depois de ser utilizado até como alternativa para a lateral, passou a ser titular absoluto.

27 de dezembro de 2006

Adeus, 2006

Foi um bom ano para o torcedor São-paulino. Pudemos usufruir a condição de campeão do mundo e ainda fechamos o ano com mais uma conquista representativa. Durante toda a temporada, o São Paulo foi competitivo e deixou bem claro que possuía o melhor grupo do país. Porém esse favoritismo acabou não prevalecendo totalmente.

Alguns dizem que o campeonato Paulista foi perdido porque o time prescindiu da pré-temporada bastante reduzida por causa da disputa do Mundial no Japão. Já eu vi no Morumbi um título perdido pela falta de um gol. Seja contra o Juventus ou contra o Noroeste, um simples gol teria sido suficiente para ficarmos com o troféu. Sou testemunha de que nesses jogos as coisas não foram muito bem. Aqueles dias em que nada dá certo.

Mas foi justamente nesse período em que o time apresentava o seu melhor futebol. O ataque estava indo muito bem e não tivemos muita dificuldade para bater, bastante, nos nossos rivais.

Mas a Libertadores já estava pegando fogo quando o Paulista foi definido. Neste ano nós fomos derrotados no Morumbi. O tabu que já durava muitos anos foi quebrado pelos mexicanos do Chivas. Uma audiência enorme viu o Tricolor perder para um time que aproveitou muito bem as suas poucas oportunidades.

Derrota sentida, brios agitados, o time voltou a ganhar e despachou seus oponentes até a final, incluindo os mesmos mexicanos de antes, que foram sumariamente eliminados na fase semifinal. Tudo ia muito bem até que Mineiro fosse abatido pelo jogador do Inter e o Josué perder a cabeça e dar uma cotovelada que lhe custou um cartão vermelho. Perdemos em casa novamente. A finalíssima disputada na casa do adversário nos reservou um empate e assim perdemos o troféu mais desejado do ano. Naquela noite, a sorte não estava do nosso lado.

Contra o Boca Juniors, pela disputa da Recopa, não foi sorte o que nos faltou. O time foi muito mal na partida de ida na Argentina. No Morumbi, ficamos num empate, sem muita vontade de ganhar e sem a dedicação necessária para tal. Talvez seja por isso que o Rogério Ceni tenha atirado sua medalha. Talvez ele soubesse exatamente o que faltou para receber a medalha de ouro e não quis guardar nenhuma lembrança daquilo.

No início da temporada havia um desejo muito grande do time voltar a vencer o nacional. E esta tarefa foi cumprida sem ressalvas. Do início ao fim do torneio, o São Paulo deu as cartas e não deixou dúvidas de que era o melhor time do país.

Mesmo fazendo quase quarenta jogos, o time permitiu apenas quatro derrotas, sendo duas delas com o time reserva durante a disputa concomitante com a Libertadores e pelo menos uma sob forte influência de arbitragem desfavorável. Dentro ou fora de casa o Tricolor foi implacável e mesmo antes da competição acabar, todos já davam como certa a conquista que acabou se confirmando para a alegria dos torcedores.

O que também não será esquecido foi o acidente que envolveu dois jogadores do São Paulo. Foi um acontecimento trágico que resultou em mortes e seqüelas irreversíveis e que teve grande impacto no grupo.

O que se viu na mídia durante todos esses meses foi uma grande exposição positiva do São Paulo. A começar pela condição de campeão do mundo até à maneira tranqüila e profissional com que as coisas são conduzidas na Barra Funda, todos os veículos de mídia só enalteceram o time e a diretoria. Fiquei até cansado de tantos elogios e tenho certeza de que os outros torcedores andam irritados com o São Paulo de tanto que o nosso time foi bem comentado pela imprensa esportiva. Ficou até chato.

Além das lições que tomamos dentro de campo, vimos o quanto é importante e viável investir em marketing para fidelizar e conquistar mais torcedores. Algumas ações acabaram saindo do papel e foram bem recebidas pelo público alvo. Do Batismo Tricolor ao DVD, a receptividade da torcida se revelou um forte estímulo para que outras ações se concretizem no futuro.

Afinal, como eu disse, foi um bom ano. Mas que seja apenas uma amostra do que vem por aí em 2007.

Confira amanhã a retrospectiva do elenco tricolor.

26 de dezembro de 2006

Utilidade pública



O Tricolog informa: O passaporte corintiano mudou. Agora só é vendido para uma viagem e custa R$ 2,30.

Nunca foi tão caro ir de Itaquera para o Tatuapé.

3-5-2 x 4-4-2

Muricy Ramalho é uma pessoa que arregaça as mangas e coloca a mão na massa. Não houve uma só palavra dita e não cumprida pelo técnico tricolor. Desta vez ele começou a sua batalha contra o 3-5-2. Sistema de jogo que ele considera longe do ideal, potencial ameaça à formação de jogadores e modelo bastante criticado por ele nos últimos meses.

Numa visita ao CCT de Cotia ele sugeriu que as divisões de base utilizassem o 4-4-2 numa tentativa de padronizar a formação das pratas da casa, facilitar as adaptações dos jogadores nas mudanças de categorias e para que ele eventualmente possa montar seu time de uma determinada maneira com esses jogadores.

Sua maior preocupação é que o 3-5-2 prejudica a formação de dois tipos específicos de jogadores. O lateral e o meia de ligação. No sistema com três zagueiros os laterais passam a ser alas, fazem parte de meio de campo e não formam, fundamentalmente, a composição da defesa. Sua função básica é formar o meio de campo e atacar. Para Muricy, o lateral deve fazer parte do sistema defensivo e o time não pode contar com apenas um meia.

A mudança para o 4-4-2 é uma redistribuição de forças. Mesmo perdendo um zagueiro, o time ganha dois laterais para a defesa. O zagueiro eliminado torna-se um meia, fazendo com que o meio de campo mude da composição de um meia, dois volantes e dois laterais para dois meias e dois volantes. Na teoria o time fica mais equilibrado e ganha mais um jogador com a função de alimentar o ataque.

Quando retornou ao Morumbi no início desse ano, Muricy encontrou um time acostumado e acomodado com o 3-5-2 desde 2003 e cujas categorias de base também adotam o mesmo sistema.

Será uma longa e árdua tarefa, mas o resultado será recompensador.

24 de dezembro de 2006

Ranking Folha

O São Paulo conseguiu somar 52 pontos na temporada e abriu vantagem sobre os demais times, com exceção do Internacional.

Na próxima semana sai o ranking Folha do futebol mundial. O São Paulo deve aparecer até a oitava posição desta lista.

1º São Paulo - 856 pontos
2º Palmeiras - 778
3º Flamengo - 770
4º Corinthians - 680
5º Vasco - 668
6º Santos - 655
7º Cruzeiro - 640
8º Grêmio - 594
9º Internacional - 569
10º Fluminense - 532
11º Atlético-MG - 472
12º Botafogo - 426
13º Bahia - 408
14º Sport - 360
15º Paysandu - 359
16º Fortaleza - 328
17º Coritiba - 309
18º Ceará - 308
19º Atlético-PR - 245
20º Náutico - 241
21º Vitória - 240
22º Goiás - 214
23º Portuguesa - 98
24º Criciúma - 92
25º Bangu - 77
26º Guarani - 62
27º São Caetano - 60
28º Brasiliense - 37
29º Juventude - 31
30º Bragantino - 25
31º Paulista - 22
32 Santo André - 15

Critérios de pontuação

Torneio (campeão/vice)

Campeonato Estadual (SP/RJ) - 10/7
Campeonato Estadual (Outros estados) - 7/3
Campeonato Brasileiro - 25/15
Taça Brasil - 15/10
Torneio Roberto Gomes de Pedrosa - 15/10
Copa do Brasil - 15/10
Torneio Rio-São Paulo - 10/5
Outras Copas Regionais - 7/3
Copa dos Campeões - 7/3
Conmebol - 15/10
Libertadores - 35/20
Supercopa - 10/5
Mercosul - 10/5
Recopa - 5/-
Mundial Interclubes - 30/-
Mundial da Fifa - 40/25