4 de maio de 2007

São Paulo 1 x 0 Grêmio



O São Paulo conquistou uma importante vitória frente ao Grêmio pela fase de oitavas de final da Copa Toyota Libertadores 2007. O placar mínimo obtido nos dá a vantagem de jogar por um empate ou até mesmo por uma derrota pela mesma diferença, desde que façamos algum gol na casa do adversário, pois tão importante quanto a vitória foi o fato de não termos sofrido nenhum gol.

Morumbi em clima de Libertadores: o torcedor que foi ao Morumbi fez o seu papel e empurrou o time.

Não houve qualquer alteração da estrutura tática do jogo realizado contra o Audax, e com exceção de Jadílson no lugar de Junior, em recuperação de uma pneumonia, o São Paulo também apresentou o mesmo futebol do jogo anterior. Isso significa que mais uma vez Hugo, Souza, Ilsinho e, no caso, Jadílson, não conseguiram produzir nenhum lance de muito perigo para a defesa gremista no primeiro tempo. A rigor, o Grêmio chutou duas bolas perigosas, que foram defendidas por Rogério Ceni, e o São Paulo se limitou a desperdiçar pela linha de fundo apenas duas finalizações. Os primeiros quarenta e cinco minutos de jogo foram de muita disputa pela posse de bola no meio de campo e pouca coisa além disso.

Mesmo assim os pouco mais de trinta mil torcedores que foram ao Morumbi pareciam não se importar com o mau momento que o time vinha atravessando e apoiavam o time. O Morumbi mais uma vez tinha a atmosfera de um jogo decisivo de Libertadores.

O momento mais esperado da noite: Dagoberto faz a sua estréia pelo São Paulo.

A recompensa veio logo no início do segundo tempo. Ciente de que a vitória era fundamental, Muricy sacou Leandro, que estava mal na partida, e promoveu a tão esperada estréia de Dagoberto. Bastou ele aparecer na boca do túnel sem o colete usado pelos suplentes para que a torcida vibrasse quase como com um gol.

Com o time contagiado pela fome de bola de Dagoberto, o segundo tempo foi muito melhor. O São Paulo enfim tratou de pressionar o Grêmio. E se no primeiro tempo todos os olhos se voltavam para Josué e sua batalha usual na intermediária, agora todos miravam Dagoberto. Ele chamou o jogo para si e incendiou a partida com tabelas, se movimentou com bastante inteligência entre os zagueiros adversários e fez até que o futebol de outros jogadores aumentasse de produção.

Até que num lance de escanteio, Dagoberto rolou para Miranda abrir o placar. O tão esperado gol finalmente acontecia e os gaúchos acusavam o golpe. O Tricolor viu a janela de oportunidade se abrir e continuou martelando em busca do segundo gol, que traria uma vantagem muito confortável para o jogo de volta em Porto Alegre. E se não fosse por um impedimento mínimo de Dagoberto, aquele que teria sido o seu primeiro golaço com a camisa do São Paulo foi anulado pelo árbitro. Uma pena. Souza ainda cobrou uma falta na trave, que também foi um pecado do imponderável, e minutos depois acabou desperdiçando uma enorme chance ao tentar, displicentemente, encobrir o goleiro adversário.

Nos minutos finais, com Dagoberto cansado, o time passou a se preocupar em garantir o que já havia obtido. Muricy fez substituições precisas de Aloísio e Ilsinho por Marcel e André Dias. Souza ocupou a posição de lateral e junto com os outros jogadores do sistema defensivo, que voltou a funcionar bem, rechaçou o esboço de pressão do Grêmio até o fim do jogo.

Não dá para dizer se este resultado será suficiente para a nossa classificação às quartas de final. Mas o torcedor São-paulino pode nutrir esperanças de que isso aconteça. Nossa missão é marcar pelo menos um gol no estádio Olímpico. Com Dagoberto jogando desde, e apenas, o primeiro tempo, isto parece ser um objetivo possível.

Ficha Técnica: São Paulo 1 x 0 Grêmio

SÃO PAULO 1 X 0 GRÊMIO

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 2 de maio de 2007, quarta-feira.
Horário: 21h45
Árbitro : Wagner Tardelli (Fifa-SC)
Assistentes: Aristeu Tavares e Hilton Rodrigues, ambos do Rio de Janeiro (RJ)
Renda: R$ 787.147,00
Público:: 33.397 pagantes
Cartões amarelos: Leandro, Aloísio, Hugo, Josué, Jadílson (São Paulo), William, Tuta, Tcheco, Gavillan (Grêmio)

GOLS: SÃO PAULO: Miranda, aos 13 minutos do segundo tempo

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho (André Dias), Alex Silva, Miranda e Jadílson; Josué, Richarlyson, Sousa e Hugo; Aloísio (Marcel) e Leandro ( Dagoberto )
Técnico: Muricy Ramalho

GRÊMIO: Saja; Patrício, Teco, William e Lúcio; Edmílson, Sandro Goiano (Gavillan), Tcheco e Diego Souza; Carlos Eduardo (Amoroso) e Tuta (Everton)
Técnico: Mano Menezes

1 de maio de 2007

Sócio-torcedor na vermelha

O Sócio-torcedor que ainda não comprou seu ingresso de arquibancada para o jogo contra o Grêmio, só encontrará ingressos para o setor vermelho.

Os tíquetes para a arquibancada azul se esgotaram desde o fim da manhã de hoje, quando houve grande procura para este setor, apesar da divulgação do baixíssimo número de ingressos vendidos.

São Paulo 2 x 2 Audax Italiano


O torcedor São-paulino que viu Richarlyson abrir o placar logo aos sete minutos imaginou que teria, enfim, um jogo tranquilo pela frente. Ledo engano. Apesar de ter apresentado um futebol melhor do que o jogado contra o São Caetano, a classificação para as oitavas de final da Libertadores não foi nenhum passeio no parque.

Abrindo mão do manjado 3-5-2 para promover a volta do 4-4-2 com Richarlyson no lugar de André Dias e Junior na vaga de Jadíslon, o técnico Muricy Ramalho pretendia suprir os atacantes com mais oportunidades para marcar os gols que garantissem uma vitória e a consolidação do primeiro lugar no seu grupo.

O primeiro gol nasceu de um contra ataque rápido com a participação de Hugo e Aloísio na construção da jogada que Richarlyson arrematou com precisão para o fundo do gol chileno. Após isso algumas chances mais foram criadas e, como é o costume dos últimos tempos, desperdiçadas pela má pontaria dos nossos atacantes e meio-campistas. A única diferença é que dessa vez Aloísio estava aproveitando para também arriscar alguns chutes a gol ao invés de apenas servir seus companheiros.

Foto: Wander Roberto/VIPCOMM

No segundo tempo começou o drama tricolor. Numa saída de bola do Audax que começou de maneira despretensiosa e até circense, com os jogadores cabeceando para trás, a bola encontrou o atacante adversário no mano a mano com o zagueiro Miranda, pasmem, na lateral esquerda do campo. Essa absurda falha de posicionamento defensivo deu oportunidade para um cruzamento que evidenciou um certo azar e outra falha defensiva de Ilsinho que culminou no gol de empate do adversário.

Ao reiniciar o jogo, o São Paulo tratou de sufocar o Audax e após um cruzamento de Souza, Aloísio desencantou e marcou um gol de cabeça que nos traria a vitória. Muita comemoração entre os jogadores, comissão técnica e entre os torcedores. A esperança de que o time entrasse nos eixos se manifestava outra vez.

Mas todos se equivocaram novamente. Numa jogada bastante confusa, que teve até braço na bola, o Audax empatou a partida novamente e trouxe muita insegurança ao Morumbi. Àquela altura o São Paulo continuava classificado, mas em virtude da vitória do Necaxa sobre o fraco Alianza, uma nova cochilada seria fatal.

Sendo assim a insegurança geral se expressou em novos erros de passe, finalização e improdutividade geral. E se não fosse por uma intervenção providencial de Rogério Ceni, já no fim da partida, todos estariam lamentando pelo o que não fizeram nos noventa minutos regulamentares.

Classificado, e aliviado, o São Paulo agora encara o Grêmio no início da fase eliminatória da Taça Libertadores. Agora é tudo ou nada.


Ficha técnica: São Paulo 2 x 2 Audax Italiano

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
Data: 25 de abril de 2007, quarta-feira.
Horário: 21h45 (De Brasília)
Árbitro : Carlos Amarilla (Paraguai)
Assistentes: Carlos Galeano e Manuel Bernal, ambos paraguaios.
Gols : SÃO PAULO: Richarlyson aos 6 minutos do primeiro tempo. Aloísio aos 22 minutos do segundo tempo.
AUDAX ITALIANO: Di Santo, aos 15, e Villanueva aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ilsinho, Leandro, Richarlyson e Aloísio (São Paulo); Moya, Gonzalez, Cereceda, Gutiérrez e Scotti (Audax)
Renda: 493.297,00
Público: 20.795 pagantes.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Júnior; Josué, Richarlyson, Souza e Hugo (Jorge Wagner); Leandro e Aloísio (Marcel).
Técnico: Muricy Ramalho.

AUDAX ITALIANO: Peric; Rieloff (Cabrera), González, Gutiérrez (Di Santo) e Santis (Leal); Garrido, Scotti, Romero, Cereceda e Villanueva; Moya,
Técnico: Raúl Toro