São Paulo 2 x 2 Audax Italiano
O torcedor São-paulino que viu Richarlyson abrir o placar logo aos sete minutos imaginou que teria, enfim, um jogo tranquilo pela frente. Ledo engano. Apesar de ter apresentado um futebol melhor do que o jogado contra o São Caetano, a classificação para as oitavas de final da Libertadores não foi nenhum passeio no parque.
Abrindo mão do manjado 3-5-2 para promover a volta do 4-4-2 com Richarlyson no lugar de André Dias e Junior na vaga de Jadíslon, o técnico Muricy Ramalho pretendia suprir os atacantes com mais oportunidades para marcar os gols que garantissem uma vitória e a consolidação do primeiro lugar no seu grupo.
O primeiro gol nasceu de um contra ataque rápido com a participação de Hugo e Aloísio na construção da jogada que Richarlyson arrematou com precisão para o fundo do gol chileno. Após isso algumas chances mais foram criadas e, como é o costume dos últimos tempos, desperdiçadas pela má pontaria dos nossos atacantes e meio-campistas. A única diferença é que dessa vez Aloísio estava aproveitando para também arriscar alguns chutes a gol ao invés de apenas servir seus companheiros.

No segundo tempo começou o drama tricolor. Numa saída de bola do Audax que começou de maneira despretensiosa e até circense, com os jogadores cabeceando para trás, a bola encontrou o atacante adversário no mano a mano com o zagueiro Miranda, pasmem, na lateral esquerda do campo. Essa absurda falha de posicionamento defensivo deu oportunidade para um cruzamento que evidenciou um certo azar e outra falha defensiva de Ilsinho que culminou no gol de empate do adversário.
Ao reiniciar o jogo, o São Paulo tratou de sufocar o Audax e após um cruzamento de Souza, Aloísio desencantou e marcou um gol de cabeça que nos traria a vitória. Muita comemoração entre os jogadores, comissão técnica e entre os torcedores. A esperança de que o time entrasse nos eixos se manifestava outra vez.
Mas todos se equivocaram novamente. Numa jogada bastante confusa, que teve até braço na bola, o Audax empatou a partida novamente e trouxe muita insegurança ao Morumbi. Àquela altura o São Paulo continuava classificado, mas em virtude da vitória do Necaxa sobre o fraco Alianza, uma nova cochilada seria fatal.
Sendo assim a insegurança geral se expressou em novos erros de passe, finalização e improdutividade geral. E se não fosse por uma intervenção providencial de Rogério Ceni, já no fim da partida, todos estariam lamentando pelo o que não fizeram nos noventa minutos regulamentares.
Classificado, e aliviado, o São Paulo agora encara o Grêmio no início da fase eliminatória da Taça Libertadores. Agora é tudo ou nada.
Ficha técnica: São Paulo 2 x 2 Audax Italiano
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
Data: 25 de abril de 2007, quarta-feira.
Horário: 21h45 (De Brasília)
Árbitro : Carlos Amarilla (Paraguai)
Assistentes: Carlos Galeano e Manuel Bernal, ambos paraguaios.
Gols : SÃO PAULO: Richarlyson aos 6 minutos do primeiro tempo. Aloísio aos 22 minutos do segundo tempo.
AUDAX ITALIANO: Di Santo, aos 15, e Villanueva aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ilsinho, Leandro, Richarlyson e Aloísio (São Paulo); Moya, Gonzalez, Cereceda, Gutiérrez e Scotti (Audax)
Renda: 493.297,00
Público: 20.795 pagantes.
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Júnior; Josué, Richarlyson, Souza e Hugo (Jorge Wagner); Leandro e Aloísio (Marcel).
Técnico: Muricy Ramalho.
AUDAX ITALIANO: Peric; Rieloff (Cabrera), González, Gutiérrez (Di Santo) e Santis (Leal); Garrido, Scotti, Romero, Cereceda e Villanueva; Moya,
Técnico: Raúl Toro
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home