1 de março de 2007

São Paulo 4 x 0 Alianza Lima

Foto: Bruno Miani/VIPCOMM

O técnico do Alianza acertou em cheio quando disse que esse time do São Paulo ainda estava em formação e tinha perdido nomes de peso no plantel. Isso não foi uma tentativa de desmerecer o Tricolor, ele apenas constatou o óbvio. E com a mesma frase, tentava motivar os seus próprios jogadores a acreditar num resultado que não fosse a derrota. Ele estava apenas fazendo o seu trabalho.

Quando a bola começou a rolar no primeiro tempo, o time do Alianza deixou claro que o seu técnico continuou a trabalhar. Ele montou sua equipe para impedir a principal jogada Tricolor: o uso dos alas. Tanto Ilsinho como Jadilson receberam uma marcação cerrada. O primeiro ainda conseguiu aparecer mais, mas nosso lateral esquerdo foi totalmente anulado. Isso complicou bastante o nosso jogo. Fomos obrigados a jogar exclusivamente pelo meio e mais uma vez algumas limitações ficaram evidentes.

Foto: Tricolog

O meia Hugo não vem conseguindo atuar com a devida desenvoltura, deixando para Leandro e Souza, o volante, o papel de criar e acionar o ataque. E é aí que mora outro problema. Leandro fez boa partida, talvez o melhor em campo, mas depende muito do apoio dos laterais. Quando eles não estão disponíveis, seu futebol acaba sendo prejudicado. E Souza faz tudo certo até determinado ponto. Por diversas vezes retém demais a bola consigo e erra passes bobos. Justiça seja feita, o seu aproveitamento nos lances de bola parada melhorou bastante. Se não convertemos em gol todos os escanteios e lances de bola parada que tivemos no jogo de hoje, não foi por sua culpa.

Mas como todo bom time precisa de estrela, quem brilhou foi o zagueiro Alex Silva. O querido “Pirulito” abriu o placar ainda no primeiro tempo, num lance aparentemente em completo impedimento, e deu a tranqüilidade que o time precisava, pois até então o São Paulo vinha jogando apenas o suficiente.

E o suficiente para bater o Alianza Lima era muito pouco. O time peruano é uma verdadeira porcaria. Afirmo sem nenhum receio de errar que seria rebaixado se disputasse o Campeonato Paulista. Para o azar deles, o seu técnico acreditou que tinha potencial para marcar um gol e acabou cometendo um erro fatal.

Foto: Tricolog

No segundo tempo, abandonou o esquema que vinha segurando nossos alas por um 4-4-2 clássico e abriu o seu time para o Tricolor. De repente, tudo ficou mais fácil. Ilsinho teve o espaço de que precisava e Souza idem. Não demorou muito e num contra-ataque Leandro fez o segundo. O jogo havia se transformado em treino.

O passeio continuou com mais um gol de Alex Silva e culminou com o quarto gol marcado por Júnior. O lateral-esquerdo, que havia substituído o inoperante Jadilson poucos minutos antes, mandou o chamado “tirambaço” de fora da área e comemorou bastante o seu gol.

No fim das contas, o que valeu mesmo foi o comentário de Ilsinho na Quinta-feira: “Para melhor ou para pior, cabe a nós (jogadores) provar dentro de campo”. Testado e aprovado. Menos pelo Alianza, que volta para o Peru com um pirulito bem amargo na boca.

Foto: Tricolog

O ponto negativo ficou com a torcida São-paulina. Não pelos 19.722 presentes, mas pelos ausentes. Se bem que isso é assunto para outro post.


Ficha técnica: São Paulo 4 x 0 Alianza Lima

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 28 de fevereiro de 2007, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Renda: R$ 461.964,00
Público: 19.694 pagantes (28 não pagantes)
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina)
Assistentes: Sergio Cagni e Juan Carlos Rebollo (ambos da Argentina)
Cartões amarelos: Souza (SP), Viza (Ali), Salas (Ali), Yglesias (Ali) e André Dias (SP)
Gols:
SÃO PAULO: Alex Silva, aos 14 minutos do primeiro tempo; Leandro, aos 12, Alex Silva, aos 32, Júnior, aos 41 minutos do segundo tempo.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Alex Silva (Edcarlos), André Dias e Miranda; Ilsinho, Josué, Souza (Fredson), Hugo e Jadilson (Júnior); Leandro e Aloísio
Técnico: Muricy Ramalho

ALIANZA LIMA: Forsyth; Salas, Poroso, Alvarado e Yglesias; Ciurlizza, Herrera, Zegarra (Hernandez), Ligüera (Sotil) e Viza; Silva (Maestri).
Técnico: Gerardo Pelusso