23 de fevereiro de 2007

Álbum de figurinhas: Serginho Chulapa

Se não foi o melhor tecnicamente, Sérgio Bernardino ou Serginho Chulapa ou simplesmente Serginho, nascido na cidade de São Paulo em 23/12/1953, foi sem sombra de dúvidas o maior centroavante que já vestiu a camisa do São Paulo.

O atacante de pernas longas e personalidade forte é o maior artilheiro Tricolor de todos os tempos com 242 gols marcados. E a julgar pela maneira fugaz com que jogadores vêm e vão nos tempos de hoje, sua marca dificilmente será superada.

Muitos adjetivos podem descrever esse excepcional jogador: explosivo, oportunista, brigão e veloz são só alguns dos que lhe cabem com mais exatidão. Mas acima de tudo, Serginho honrava a camisa Tricolor com muita raça e determinação.


Sua carreira também foi marcada por polêmicas. Ao dar um bico na canela de um bandeirinha em 1978, foi suspenso por absurdos 14 meses e deixou de participar da Copa do Mundo no mesmo ano. Até hoje muitos qualificam sua ausência como fato determinante para o fiasco brasileiro na Copa. Tempos depois, ao ser questionado sobre este episódio, ele disse que se soubesse que seria impedido de jogar por 14 meses, teria dado uma surra de verdade no bandeira.

Todavia o seu maior inimigo no futebol era o goleiro, e ser humano escroto, Emerson Leão. Os embates entre o atacante e o goleiro do Palmeiras (e posteriormente do Corinthians) eram um clássico da rivalidade Paulista. Serginho nunca perdia a oportunidade de tripudiar o rival e invariavelmente trocava elogios e tapas dentro de campo com o goleiro. Destaque para um São Paulo x Palmeiras em que Serginho deu um chute na cabeça de Leão, que havia se atirado ao chão para interceptar uma bola antes do centroavante. Foi uma verdadeira explosão.


No total, Serginho defendeu o São Paulo em 401 jogos (210V, 113E, 78D) entre 1973 e 1982 e conquistou o Campeonato Paulista em 1975, 1980 e 1981 e o Campeonato Brasileiro em 1977. Sobre este último, apesar de não ter jogado a partida final em Belo Horizonte, Serginho protagonizou um dos episódios mais folclóricos do futebol brasileiro ao ser utilizado pelo técnico Rubens Minelli como catalisador de uma disputa psicológica antes do início da partida. Serginho Chulapa era fundamental, dentro ou fora de campo.

Fotos deste post: Gazeta Press e Site do Milton Neves