30 de novembro de 2006

São Paulo na mira

As notícias mais importantes do dia do São Paulo estão relacionadas com a Justiça.

A primeira delas se refere a um proprietário de cadeira cativa no Morumbi que precisou buscar ajuda da Justiça para fazer valer o seu direito de utilizar o assento de sua propriedade, que normalmente sempre estava ocupado por outra pessoa. A princípio o São Paulo não deu a devida importância, porém esse descaso começou a sair caro demais para ser ignorado. Hoje em dia o dono da cativa sempre encontra o seu assento disponível, e vigiado para que assim esteja.

Pois bem, desta vez o São Paulo FC é merecedor da crítica. Pois as cadeiras possuem localizações específicas e, portanto, o São Paulo tem a obrigação de zelar para que todas as cadeiras possam ser utilizadas pelos seus verdadeiros donos.

Apesar do São Paulo não mais comercializar as cadeiras cativas porque já foram todas vendidas, elas são revendidas livremente por aí, bastando aos negociantes repassar a propriedade com o conhecimento do São Paulo. O valor de mercado, ainda hoje, varia justamente de acordo com a posição da cadeira. O preço médio de uma cadeira cativa é de R$ 2mil e o proprietário deve pagar uma taxa de R$ 90,00 a cada semestre para o São Paulo.

Na segunda notícia do dia, o Procon ameaça multar o São Paulo com um valor que pode chegar até R$ 3milhões por descumprimento do estatuto do torcedor. Especificamente porque algumas câmeras estavam ausentes ou inoperantes nas catracas do estádio. Essas câmeras serviriam para identificar os torcedores que entram no estádio.

Eu parto do princípio que absolutamente todas as normas do Estatuto do Torcedor devem ser cumpridas, pois elas significam mais conforto e segurança para o torcedor. Porém não dá para ignorar o fato de que o Procon pode ter sido motivado por interesses de autopromoção e que o valor da multa não pode ser exacerbado. Se a multa for aplicada, que seja num valor compatível com o delito.