19 de novembro de 2006

No banco: Pepe

Foto: Gazeta Press

O primeiro homenageado desta série é José Macia, o Pepe. Nascido em Santos em 25/02/1935 e consagrado como um dos maiores atacantes do futebol brasileiro e o maior artilheiro, humano, do Santos Futebol Clube com 405 gols, Pepe trilhou uma bem-sucedida carreira ocasional de técnico de futebol.

Ele foi o técnico que levou o Tricolor ao seu segundo título de Campeão Brasileiro em 1986. A final, disputada somente em 1987 contra o bom time do Guarani, foi a mais emocionante de toda a história do Campeonato Brasileiro. Seu grande valor foi ter domado um time de feras para a conquista daquele extenuante torneio.

Foto: Placar

Pepe chegou ao São Paulo após o Campeonato Paulista de 1986, quando realizou a façanha de conquistar o título com o time da Internacional de Limeira e deixou o Tricolor ainda nos primeiros meses de 1987. Ao todo, comandou o time em 45 jogos e foi vitorioso em 22 vezes, além de 16 empates.

Até pouco tempo atrás ele continuava a ser requisitado para treinar alguns clubes devido à sua reconhecida capacidade de montar equipes competitivas mesmo sem jogadores consagrados ou farto orçamento. A última equipe dirigida por ele foi a surpreendente Portuguesa Santista em 2003. E desta equipe o próprio São Paulo contratou alguns jogadores revelados por Pepe. O atacante Rico e o volante Adriano acabaram não brilhando no Morumbi, mas o meio-campista Souza até hoje veste a camisa do São Paulo e depois de Rogério Ceni é o jogador com mais tempo de casa.

Editora Realejo, 174 páginas. R$30,00 em média.

Sua biografia foi lançada em livro neste ano de 2006. Além de relatar muitas histórias de sua vida num dos períodos mais ricos do futebol brasileiro, o livro conta com um título absolutamente fantástico: Bombas de alegria.