28 de novembro de 2006

Deu dó

Quando eu soube que você era Palmeirense e que vestiria a camisa verde no seu retorno ao Brasil, eu não fiquei decepcionado. Primeiro porque você honrou a camisa do meu time. E em segundo lugar porque você é uma memória viva da nossa melhor época.

Mesmo não acompanhando sua carreira de perto quando você foi para a Europa, torcia pelo seu sucesso e tinha certeza que você o faria por merecer. E tudo caminhava bem até aquela fatídica partida. Ter a perna quebrada numa jogada violenta foi algo que lamentei bastante. Até porque a Copa de 98 estava logo ali e enquanto muitos não entendiam direito que raio era aquele "1" que o Zagallo falava, eu não só já sabia o que ele queria como sabia quem era o mais capacitado para a função. E de uma maneira ou de outra, você fez falta naquele time.

Veio a recuperação e outra surpresa não muito agradável. Você voltou para jogar no Vasco e acabou até ganhando um complemento de "Paulista" no seu nome; algo que sempre me soou estranho. Mas as coisas voltaram ao seu rumo certo e você até pôde finalmente participar de uma Copa do Mundo. E se dessa vez não foi titular, pelo menos voltou pra casa como campeão.

Portanto mesmo te vendo jogar com a camisa de um grande rival, torço pra que você se dê bem e conquiste o respeito e a admiração da torcida alviverde. O mesmo que eu tenho por você, Juninho.


O texto acima foi escrito há poucos meses atrás e resolvi postá-lo aqui depois de ler o OESP de hoje. Em plena capa do caderno de esportes está um foto do Juninho, desolado com mais uma derrota humilhante.

Ele é um jogador talentoso, tem bom caráter, trabalha duro e não foge da responsabilidade. Seu grande erro foi ter embarcado no Titanic. Muitos merecem estar lá, mas ele não.

Que tenha melhor sorte daqui para a frente, em outro time. Porque este time não te merece.